Não tenho mais palavras.
Gastei-as a negar-te...
(Só a negar-te eu pude combater
O terror de te ver
Em toda a parte.)
Fosse qual fosse o chão da caminhada,
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto calado
E paciente...
E lutei, como luta um solitário
Quando alguém lhe perturba a solidão.
Fechado num ouriço de recusas,
Soltei a voz, arma que tu não usas,
Sempre silencioso na agressão.
Mas o tempo moeu na sua mó
O joio amargo do que te dizia...
Agora somos dois obstinados, mudos e malogrados,
Que apenas vão a par na teimosia.
domingo, agosto 13, 2006
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1 comentário:
Um belo conjunto de palavras!
4 estrofes muito bonitas... mas ao mesmo tempo carregadas de uma emoção nostálgica... talvez mesmo dolorosa... de um caminho que se faz caminhando lado a lado... mas nem sempre para o mesmo sítio...
pareceu-me ter existido um aniversário neste blog... e nesse caso Parabéns, parabéns, parabéns, parabéns (estarei a ficar obsecado com o 4?!?!!?)
Fica bem
Bjs
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